A UPP - Universidade Popular do Porto promove no dia 30 de Janeiro, quinta-feira, às 18H00 uma conferência sobre "O ambiente construído e a arquitetura face à inteligência artificial", apresentada por FRANKLIM MORAIS, engenheiro civil e eletrónico (Phd com tese sobre Espaços e Edifícios Inteligentes), professor no curso de arquitetura da Escola Superior Artística do Porto, organizador desde 2011 da série de Symposia (7) e edição de livros (5, na Cambridge Schollars e Springer) “Formal Methods in Architecture and Urbanism”.
A Inteligência Artificial (IA) apresenta-se como uma nova tecnologia humana disruptiva, prenhe de grandes consequências para o futuro, num contexto histórico caracterizado por uma grave crise económica, de concentração de capitais, guerras, corrida aos armamentos, agravamento dos conflitos sociais e rápida agudização da sustentabilidade ambiental.
O impacto da IA no ambiente construído – às escalas do território, da cidade e do edifício, e na teoria e na prática do Urbanismo e da Arquitetura - merece a apresentação de um conjunto de reflexões sobre três áreas temáticas:
• as novas situações do mundo geradas pela IA que provocam alterações profundas no ambiente construído: que novas formas urbanas e arquitetónicas para as novas funções económicas e sociais;
• a intervenção e o papel dos vários atores na introdução da IA no ambiente construído - a populações, os agentes económicos e sociais e os profissionais / investigadores;
• as características das novas tecnologias da IA utilizadas como ferramentas do trabalho científico e tecnológico.
Reflexões sobre as três áreas temáticas
No primeiro tema vai-se refletir sobre as alterações da sociedade em que vivemos – aumento da produtividade, do desemprego, alterações do dia de trabalho, teletrabalho, alterações das relações de produção - que têm profundas consequências (a) no ambiente construído - nova ocupação da cidade, novos programas arquitetónicos, circulação e veículos autónomos, novos interfaces comunicacionais entre os seres humanos, cidade e edifício; e (b) também nas técnicas construtivas - automação acelerada, tratando do life-cycle…
No segundo tema serão consideradas as contribuições específicas dos vários intervenientes como agentes ativos num ambiente em desenvolvimento em relação ao qual alguns dos intervenientes são muito ativos e outros parecem estar numa postura passiva, se não mesmo de alheamento, no que diz respeito à automação inteligente quer do produto (o ambiente construído) quer da produção (a indústria da construção).
No terceiro tema, serão apresentadas ferramentas de IA disponíveis e em desenvolvimento e as possíveis e necessárias, e será feita uma avaliação das suas disponibilidades e deficiências.
PARTICIPAÇÃO LIVRE, presencial na UPP e por videoconferência - para a participação por videoconferência deve ser indicado o email para onde devem ser enviados os dados de acesso AQUI