Segunda feira, 09 de Julho 2018, às 18 horas, na UPP
Em intervenção num painel – Economia & Direito: entre ética e estética –, de acção de formação de professores com o título genérico Ética & Estética: leituras possíveis, apoiei a minha leitura possível em textos de Marx, nomeadamente nos Manuscritos de 1844. Assim me embrenhei, de novo, no processo que, iniciado documentalmente com as cartas do jovem estudante a seu pai, tem um patamar em 1867 com a publicação do Livro 1º de O Capital, e está inacabado porque é inesgotável… e imparável. Essa participação serviu para assinalar o segundo centenário do nascimento de Marx, e serve, desde que adaptada, a outros espaços de exposição e debate onde tal se queira assinalar.
Podem identificar-se duas leituras possíveis de ética e estética (com sub-leituras) nos contextos, textos e termos da área do conhecimento que se usa chamar economia. Exponho, para abrir debate, uma leitura – de economista por profissão, deformação e formação – que se escora no processo marxista de crítica da economia política (em necessária permanente actualização), partindo sempre dos seus conceitos teóricos e análises de funcionamento, versus leituras tecno-pragmáticas pouco éticas e nada estéticas, ou melhor, que escondem uma moral sua e uma estética de élite, sob manto de enganadoras e públicas bondades e diáfanas e privadas belezas.
Sérgio Ribeiro