Vasco Paiva, Eng.º Florestal, perante audiência curiosa, discorreu, no passado dia 19 de novembro, pelas 18 horas, sobre o tema “Os espaços florestais e o desenvolvimento rural em Portugal”, numa conferência online realizada pela UPP.
Proclamando a convicção do conceito de espaço florestal como território compósito feito de árvores, plantas, animais e pessoas, Vasco Paiva defende o papel determinante do Homem para tornar a floresta um espaço de rentabilidade, emprego, bem-estar e melhoria das condições de vida das populações, que guardam o dever de acrescentar valor aos produtos florestais para promover o desenvolvimento e a valorizaçaão do mundo rural.
Com 87% de floresta sob propriedade privada e com um território de 36,2% de floresta, 72% dele com espécies florestais autóctones, Portugal vê arder matos e pastagens. Vasco Paiva desmistificou a ideia, com dados estatísticos recolhidos entre os anos 2009 a 2018, que os fogos florestais são, de forma única ou determinante, o resultado da acção de incendiários. Esta convicção errónea, porque exagerada, só serve, diz, para desviar atenções sobre as verdadeiras causas de propagação dos fogos em Portigal, onde 41% resultam, sim, de queimadas.
Conclui que as orientações para floresta e para a agricultura devem ser sustentadas na necessidade e na intervenção das populações residentes, sem esquecer a sustentabilidade a diversidade e o contributo inestimável das florestas para a redução das alterações climáticas.
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