No dia 14 de outubro de 2021, quinta-feira, às 18,00h, a UPP - Universidade Popular do Porto volta à "conversa com escritores", uma iniciativa que visa conhecer os autores e as suas obras.
Nesta sessão é convidado o escritor Modesto Navarro e a interlocutora será Katia Castro, advogada e dirigente da UPP.
A participação é livre, por via presencial ou por videoconferência.
Deve ser feita inscrição prévia com envio de email para secretaria@upp.pt, indicando opção por participação presencial ou online..
Modesto Navarro iniciou a actividade literária em 1966. Em 1972 publicou um impressivo livro de contos sobre a guerra colonial, “História do soldado que não foi condecorado”, que foi apreendido pelo regime fascista. Até hoje, publicou mais de 40 obras, na sua maior parte de ficção, romances, contos e também levantamentos, sociológicos, reportagens, poesia e uma recolha de textos de poetas populares alentejanos. Assinou com o pseudónimo Artur Cortez, três obras de cariz policial progressista, tendo o seu romance “Condenada à morte” sido o eleito, em 1991, para o Prémio Caminho de Literatura Policial. Está, ainda, representado em diversas antologias.
António Modesto Navarro nasceu em 1942, em Vila Flor, Trás-os-Montes, foi um de onze filhos, tendo trabalhado na oficina de ferrador de seu pai, dos 10 anos até aos 21. Cumpriu o serviço militar em Moçambique, durante a guerra colonial. Autodidata, escritor, crítico literário e publicista, integrou o quadro do Ministério da Cultura, tendo tido ligação especial às áreas da animação, do associativismo e da descentralização, bem como à definição de estratégias de desenvolvimento cultural. Foi assessor da administração da Sociedade Lisboa-Capital Europeia da Cultura e do Pelouro da Educação da Câmara Municipal de Lisboa, tem tido destacada e diversificada participação no associativismo cultural, nomeadamente na Associação Portuguesa de Escritores (de que foi fundador) e na Sociedade Voz do Operário (de que foi presidente da Direcção), pertenceu ao Conselho de Redacção da Seara Nova e tem colaboração em diversos jornais e revistas.
A Oitava Colina, A Capital do Império e o seu mais recente título Ronda, prosa poética invadida pela sua memória sensitiva, são peças últimas de um trabalho literário do escritor que afirma que o que o move é “falar de nós, das ruas, das caras, dos amores e desamores, do trabalho, da fome e das mudanças construídas com sangue, suor, lágrimas e muita dor de perda e de ausência nos que ficaram e nos que partiram porque não tinham outra saída”